Festas Juninas
Extremamente populares em todo o Brasil, elas são homenagens a: Santo Antônio (13/06) |
São João Batista (24/06) |
São Pedro (29/06) |
Antes de se tornar uma festa em comemoração vinculada aos santos do catolicismo, as celebrações no mês de junho já eram realizadas muitos antes da era cristã. O solstício de verão no hemisfério norte ocorre em 21 ou 22 de junho, quando temos o dia mais comprido e a noite mais curta do ano. Os povos antigos, incluindo as civilizações gregas, egípcias e celtas, comemoravam essa passagem do calendário. Regadas com o calor do fogo e muita bebida e comida, eram celebrações à fertilidade e também para rogar aos seus deuses para que eles trouxessem fartura nas próximas colheitas.
Com a evangelização da Europa na Idade Média, o ritual pagão foi incorporado ao calendário cristão e ganhou um cunho religioso. Isso ocorreu, basicamente, por dois motivos: para facilitar a catequese dos pagãos e esvaziar ideologicamente suas comemorações. Não é por acaso que as comemorações cristãs possuem relação com as principais passagens de tempo. É o caso da Páscoa (que ocorre no primeiro domingo de lua cheia após o equinócio da primavera no hemisfério norte), o nascimento de Jesus (atribuído ao dia 25 de dezembro, logo após o solstício de inverno no hemisfério norte) e o dia de São João (dia 24 de junho, logo após o solstício de verão no hemisfério norte).
Essa mistura entre festas cristãs de santos e folguedos pagãos recriam até hoje novas práticas culturais. Os rituais foram trazidos principalmente por portugueses ao Brasil colonial; mas houve a contribuição dos espanhóis, holandeses e franceses, o que deu origem a diversos tipos de celebrações nas diferentes regiões do país. Aqui, elas foram associadas aos rituais do solstício de inverno que também eram comemorados pelos povos existentes com muita festa e comida. A miscigenação étnica entre índios, africanos e europeus fez brotar no país uma série de belas expressões artísticas, como cantorias de viola e cordéis; emboladas de coco e cirandas; xote, xaxado e baião, sem falar nas quadrilhas e forrós.