Disciplina - Ensino Religioso

Ensino Religioso

18/08/2009

Deus não morreu e tampouco está agonizante

Rádio Vaticano
As religiões continuam a crescer, contrariando quem anunciava a extinção quando se verificasse o progresso científico e tecnológico do mundo moderno. O Cristianismo ultrapassará os 3 bilhões de fiéis em 2050, mas o Islamismo, que chegará aos 2, 3 bilhões, será a religião que, proporcionalmente, mais crescerá.
O novo Atlas das religiões, segundo o jornal francês "Le Monde" comprova que "Deus não morreu e nem sequer está agonizante". Ainda há poucas décadas, não faltava quem garantisse que, com a evolução do progresso, dar-se-ia, paulatinamente, a extinção das religiões. Nietzsche até anunciava a "morte de Deus". Na verdade, as crenças continuam vivas e com futuro, sublinha o site Religión Digital.
O dossier do grupo "La Vie" e do jornal "Le Monde" assinala como aspecto mais relevante o crescimento das grandes religiões até o ano 2050. O Cristianismo passará dos 1,7 bilhões de fiéis, de 1990 (hoje 2 bilhões) para mais de 3 bilhões em 2050. Os muçulmanos, que eram 962 milhões em 1990 (hoje 1,2 bilhão) serão, em 2050, 2,2 bilhões.
Será mais moderado o crescimento do Hinduísmo que, de 686 milhões em 1990, chegará a ter 1,1 bilhões em 2050, enquanto o Budismo passará de 323 milhões de fiéis em 1990, para 425 milhões; e os judeus, de 13 para 17 milhões, no mesmo período.
Em termos geográficos, o Cristianismo vai mais para o sul do mundo; e a Europa − que hoje conta 25% de fiéis (280 milhões de católicos, 40% da população; 100 milhões de protestantes; e 150 milhões de ortodoxos), ou seja, 25% do Catolicismo mundial − terá apenas 16% em 2050.
A grande maioria dos católicos está no Novo Mundo, com aproximadamente 275 milhões na América do Norte e 530 milhões na América Latina e, ainda, na África.
O presidente do Instituto Europeu de Ciências das Religiões, Dominique Borne, sublinha que o colapso do socialismo real e o desaparecimento do ateísmo oficial e militante revelaram que "o religioso, que se pensava "em vias de desaparecer", na verdade sempre se manteve e até mesmo cresce, inclusive na Rússia e no Vietnã, onde menos se esperaria.
O crescimento do Islamismo deve-se à demografia: define-se cada vez mais como comunidade mundial e menos como território. É por isso que a maioria dos muçulmanos não vive no Médio Oriente, como se poderia pensar, mas na Ásia, onde estão dois terços dos muçulmanos. Quatro países reúnem cerca de metade dos muçulmanos: Indonésia (maior país muçulmano), Paquistão, Índia e Bangladesh. Na África, um de cada três habitantes reza a Alá. Na Europa, vivem 16 milhões de muçulmanos e quatro milhões, nos EUA.
Acessado em 18/08/2009 no sítio Rádio Vaticano. Todas as modificações posteriores são de responsabilidade do autor do texto.
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