Ensino Religioso
14/02/2011
Símbolos Maçônicos
O compasso e o esquadro reunidos tem sido a mais antiga e a mais comum representação da Instituição Maçônica. Tanto se apresentou este símbolo compasso-esquadro, que ele é prontamente reconhecido até mesmo pelos profanos (pessoas não iniciadas na Maçonaria). Ele é o sinal distintivo do Venerável Mestre (Presidente da Loja), uma vez que esotericamente representa a "Justa Medida".
A Justa Medida quer dizer, em última análise, a retidão. Faz lembrar aos maçons em geral, e a cada instante, que todas as suas ações deverão ser plantadas com serenidade, bom senso e espírito de justiça. Faz recordar o compromisso solene assumido pelo iniciado, de sempre agir dentro de uma escola de perfeita honestidade e retidão.
O compasso
O compasso é considerado um símbolo da espiritualidade e do conhecimento humano. Visto como símbolo da espiritualidade, sua posição sobre o Livro da Lei varia conforme o grau. No grau de Aprendiz, ele está embaixo do esquadro, indicando que existe, por enquanto, a predominância da matéria sobre o espírito. A abertura indica o nível do conhecimento humano, sendo esta limitada ao máximo de 90º, isto é ¼ do conhecimento. A sua simbologia ainda é muito mais variada, podendo ser entendido como símbolo da justiça, com a qual devam ser medidos os atos humanos. Simboliza a exatidão da pesquisa e ainda pode ser visto como símbolo da imparcialidade e infalibilidade do Todo-Poderoso.
O esquadro
O primeiro instrumento passivo e companheiro por excelência do compasso é o esquadro. Seu desenho nos permite traçar o ângulo reto e, portanto, esquadrejar todas as formas. Deste modo, é visto como símbolo, por excelência, da retidão. É também a primeira das chamadas Joias Móveis de uma Loja, constituindo-se na Joia do Venerável, pois, dentre todos, este deve ser o mais justo e equitativo dos Maçons. O esquadro, ao contrário do compasso, representa a matéria; por isso é que, em Loja de Aprendiz, ele se apresenta sobre o compasso. Predominância da matéria sobre o espírito.
A letra "G'
É o símbolo de Deus, o Divino Geômetra. Uma das razoes de ser tomada como símbolo sagrado da Divindade, é que, com ela, a palavra Deus, se inicia em vários idiomas. GAS, em Siríaco; GADA, em persa; GUD, em sueco; GOTT, em alemão; GOD, em inglês, etc.
A trolha
Ou colher de pedreiro. Trata-se de uma espécie de pá achatada com a qual os pedreiros assentam e alisam a argamassa. Sendo um instrumento neutro, deve ser visto como um símbolo da tolerância, com que o Maçom deve aceitar as possíveis falhas e defeitos dos demais irmãos. Pode ser vista, também, como um símbolo do amor fraternal que será, então, o único cimento que uniria toda a Maçonaria. Desta forma, passar a Trolha, significa perdoar, desculpar, esquecer as diferenças. Entendida desta forma, pode ser vista como símbolo da paz que deve reinar entre os Irmãos.
O avental
É o símbolo do trabalho. É a parte principal do vestuário maçônico, constituindo-se um dos símbolos mais importantes da Maçonaria. Tem a forma de um retângulo, encimado por um triângulo; nos dois primeiros graus são simples, sem enfeites ou adornos, e de tecido branco. Os aventais dos demais graus, tem cor e desenhos variados, conforme os graus que representa e conforme o rito adotado. O fundo porém é sempre branco.
A pedra bruta
Simboliza a inteligência do aprendiz maçon, ainda rude, porque com os vestígios do Mundo Profano, está apenas iniciando sua aprendizagem nos Mistérios da Maçonaria. As arestas desta Pedra Bruta cabe ao aprendiz desbastar disciplinando, educando, instruindo sua personalidade, objetivando vencer suas paixões e subordinar sua vontade à prática do bem. Assim a tarefa principal do Aprendiz consiste em trabalhar e estudar para adquirir o conhecimento do simbolismo do seu grau e a sua interpretação filosófica.
O malho e o cinzel
Estas duas ferramentas servem para desbastar a pedra bruta. A primeira representa nossas resoluções espirituais: é o cinzel de aço, que se aplica sobre a pedra com a mão esquerda, lado passivo, e corresponde à receptividade, ao discernimento especulativo. A segunda é a vontade executiva, o malho, insígnia do mando, vibrado com a mão direita, lado ativo, relacionada com a energia atuante e a determinação moral de onde dinama a realização prática.
A pedra cúbica
Havendo o Aprendiz trabalhado na pedra bruta como malho e o cinzel, transformando-a num cubo imperfeito, cabe ao Companheiro (Grau 2), polir este cubo com o auxílio do esquadro, do nível e do prumo, tornando-a finalmente em pedra cúbica. Desbastadas as rudes arestas da personalidade, ainda como Aprendiz, cabe agora, ao Companheiro disciplinar suas ações através do conhecimento adquirido, realizando contornos e nuances delicadas em seus psiquismos, fazendo então, do seu "eu", um cubo perfeito, a pedra polida que assim estará apta a ser utilizada na construção do edifico do Templo, isto é, da humanidade Perfeita.
O malhete
É o instrumento de trabalho do Venerável Mestre e dos Vigilantes (na hierarquia, os dois cargos logo abaixo do Venerável Mestre que, juntamente com ele, dirige os trabalhos da loja)
Nada mais é que uma espécie de malho, e, como tal, é símbolo da vontade, da força, do trabalho e da determinação. Um aspecto fundamental na utilização deste instrumento é o do discernimento e da lógica que devem conduzir a vontade. Se utilizado com força apenas, ele passará a ser um instrumento de destruição, incompatível com a Maçonaria.
O delta luminoso
Também chamado de triângulo fulgurante, representa na Maçonaria o Supremo Criador de todas as coisas, cujo olho luminoso é o Olho da Sabedoria e da Providência, que observa tudo que vê e provê. Ele simboliza também, os atributos da Divindade: Onipresença, Onividência e Onisciência, que o verdadeiro maçon tem como lembrete divino de sua suprema relevância para sua vida.
Não sendo efetivamente uma religião, a Maçonaria compreende e reverencia todas as crenças e cada crente maçom pode ter no Delta Luminoso a representação de todos os sentimentos de religiosidade.
Ele é como uma lembrança para uma advertência permanente e solene, traduzida pela compreensão fraternal, que não procura sobrepor a importância de qualquer religião em particular às demais profissões de fé.
Espiritualistas por princípio, sabem os maçons, na interpretação do Triangulo Fulgurante, que há um Deus que tudo vê e por esta razão entendem que uma oportunidade de fazer o bem que deixam escapar, é uma eternidade que se lhes espera.