Ensino Religioso
01/07/2013
Lado religioso do São João inclui exposição e ‘arrasta-fé’
As festas de São João estão de tal forma arraigadas à cultura brasileira, sobretudo à cultura nordestina, que muitos esquecem que sua raiz é religiosa. No município paraibano de Campina Grande, que faz o autointitulado “Maior São João do Mundo”, em meio a shows de diversos ritmos e comidas das mais variadas, há atrações que tentam justamente resgatar os aspectos espirituais desta época.A réplica da catedral de Nossa Senhora da Conceição, principal templo católico da cidade, sempre foi um dos locais mais visitados do Parque do Povo, que concentra a maior parte dos eventos. Neste ano, por meio do projeto “Fé e Cultura” o interior da réplica sedia uma exposição que mostra o lado religioso do São João. Até o encerramento do evento, em 7 de julho, a exposição estará aberta ao público, com um acervo que inclui painéis com as histórias dos santos Antônio, João e Pedro, além de Paulo, cujo dia também é comemorado em 29 de junho.
Em um altar, peças como missal romano, castiçais e cálices chamam a atenção dos visitantes, que ficam conhecendo ainda a história do pintor e escultor paraibano Miguel Guilherme dos Santos, responsável pelos desenhos que decoravam o teto da catedral de Campina Grande. A réplica no Parque do Povo também reproduz o antigo teto, com desenhos que retratam cenas do cotidiano e refletem o sentimento dos sertanejos – como o sofrimento causado pela seca, a alegria da boa safra ou a natureza da região.
Outras peças da exposição agradaram ao casal Angelita Rodrigues e Juarez de Sousa, que vieram de Natal para ver os festejos: as vestimentas utilizadas por integrantes do clero. "Achei muito interessante a exposição", disse Angelita, enquanto observava as batinas, as vestes franciscanas, usadas exclusivamente em festividades ou missas, o solidéu e a mitra, usadas somente pelos bispos e pelo papa, e acessórios com manípulo, sobrepeliz, casula romana e báculo.
Do lado de fora da réplica, em um coreto, acontecem apresentações, a exemplo do Ministério da Restauração, com músicas religiosos em ritmo de forró, ou arrasta-fé, como definiu o vocalista do grupo, fazendo referência ao arrasta-pé. A exposição funciona diariamente, das 17h às 22h, e o projeto está sendo desenvolvido pela Diocese de Campina Grande em parceria com a Prefeitura.
Esta notícia foi publicada no site Terra em 28 de Junho de 2013. Todas as informações nela contidas são de responsabilidade do autor.